Debate

Trânsito
“O que deve ser feito para melhorar o trânsito em São Paulo ?”

Confira alguns depoimentos coletados pela reportagem de diverCIDADE ao longo de um dia circulando pela cidade de São Paulo em trens, ônibus, metrô e a pé.

1. Ricardo Amar, 38 anos, gerente operacional.

“Os trens deveriam andar mais rápido, com menos intervalo, e o metrô deveria estar mais avançado. Os corredores de ônibus são uma boa alternativa para quem usa ônibus.”
Itinerário: Mora na Pompéia, utiliza a rede Orca até a estação Cidade Universitária e de lá pega o trem até a estação Granja Julieta, na Zona Sul. No fim de semana usa carro para passear na região da Av. Paulista, Shoppings Villa Lobos e Higienópolis.

2. Vanessa Fontes Lima, estudante de hotelaria.

“A linha Osasco-Júlio Prestes está muito ruim, o trem está em más condições, não cumpre o horário, fica lotado e é muito lento.”
Itinerário: Mora no Jardim Bela Vista em Osasco e vai até o Senac em Santo Amaro de ônibus e trem, descendo na estação Jurubatuba. No total, gasta no percurso 1h10. Nos dias de folga passeia de carro na região de Osasco.

3. Sandra Pereira Sena, 23 anos, embaladora e estudante de informática e gestão empresarial.

“Deveria ter mais ônibus e o percurso deveria ser mais direto, sem fazer tantas voltas. Já fizemos um abaixo-assinado no bairro, mas colocaram apenas duas lotações, o que não resolve o problema. Além disso, essas lotações passam no mesmo horário do ônibus. Deveria ter ônibus de madrugada, para as pessoas poderem voltar depois que saem à noite. O rodízio é uma boa idéia, mas não funciona porque tem muito carro.”
Itinerário: Mora na periferia de Barueri, no Parque Imperial. Pega ônibus até o trem para chegar no centro de Barueri onde estuda. Trabalha em Tamboré.

4. Elizabeth Fátima Honório de Souza, ascensorista.

“Deveria ter mais ônibus e trens nas férias e nos fins de semana.”
Itinerário: Mora em Osasco, no Jardim das Bandeiras, e trabalha no Anhangabaú. Pega ônibus até o trem. A viagem leva 1h30.

5. Gilmar Cruz de Oliveira, 34 anos, ambulante.

“O rodízio é uma boa idéia, pois tem muito carro na rua. Precisa ter mais fiscalização para caminhões e ônibus, que poluem muito.”
Itinerário: Mora no Jardim Jacira (Zona Sul), pega dois ônibus até as mediações do Shopping Morumbi, onde trabalha, numa viagem de 1h. Usa o carro para lazer no fim de semana, para ir ao Parque do Guarapiranga, Ibirapuera, cinema e Igreja.

6. Francisco Filho, 53 anos, representante comercial.

“O transporte fluvial é uma solução para diminuir o trânsito na cidade, também é uma forma de lazer e de oxigenar a água.”
Itinerário: Mora em Campo Limpo , pega trem na Estação Santo Amaro até Osasco e depois ônibus. Gasta 1 hora e 30 minutos dentro do transporte público para chegar ao trabalho. Também anda a pé 20 kilômetros, visitando lojas a trabalho.

7. Moisés Novaes dos Santos, 30 anos, ambulante.

“Se fosse mais rápido e mais barato todo mundo utilizaria o transporte público. Eu tenho carro a álcool, não compensa andar de ônibus. Aqui para o lado dos bairros o rodízio tem que valer também nos horários de pico, porque essas ruas pequenas ficam paradas.”
Itinerário: Mora na Chácara Santana e vai de carro para o seu ponto de trabalho na entrada do trem da Estação Morumbi. Demora 15 minutos para chegar e 40 minutos para voltar na hora do rush .

8. Luis Silvio de Brito, 26 anos, vigilante.

“O ônibus é muito demorado. Tem que esperar mais de 40 minutos a condução e tem que andar também até o ponto. A bicicleta vai direto.”
Itinerário: Mora na Cidade Ademar e vai pedalando por 30 minutos até a Rua Cancioneiro Popular, perto do Shopping Morumbi. Usa a bicicleta para tudo, inclusive para fazer a ronda.

9. Manuel Santos, jornalista.

“O governo deveria investir mais no metrô, que fica muito cheio nos horários de pico. O carro é bom, mas não para enfrentar o trânsito de São Paulo e ficar estressado.”
Itinerário: Mora no Jabaquara e trabalha no Paraíso, perto do parque Ibirapuera. Vai do Jabaquara a Ana Rosa em 20 minutos e desce andando para a Assembléia. Mora ao lado do metrô, que utiliza há 25 anos.

 

 

diverCIDADE - Revista Eletrônica do Centro de Estudos da Metrópole