Texto:
Tatiana Lotierzo Vídeos: Audrey Camargo, Francisco
Toledo e Tatiana Lotierzo
Os
vídeos a seguir foram realizados em setembro de 2006
, durante o colóquio internacional “Novas formas
do trabalho e do desemprego: Brasil, Japão e França,
numa perspectiva comparada”. O material apresenta depoimentos
captados em entrevistas com os debatedores nacionais e estrangeiros,
sobre temas importantes para os Estudos do Trabalho. Esta
sessão funciona assim na interface entre difusão
e pesquisa, servindo de registro para as discussões
em andamento.
Conceitos
Cláudio Salvatore Dedecca (Unicamp), Jacques Freyssinet
(CEE-França) e Didier Demazière (CNRS - França)
discutem os sentidos dos termos “precarização”
e “flexibilização”.
Os
pesquisadores dão exemplos de como a flexibilização
se dá – e comentam o fato da legislação
trabalhista ser “mais formal do que real” (expressão
de Dedecca) nos três países.
Entre
as particularidades do caso japonês – em que as
exaustivas jornadas de trabalho chegam a 60 horas semanais,
o karochi é mais comum do que se divulga nas estatísticas
governamentais, conforme explica Chikara Saito (Ministério
do Trabalho - Japão).
Na
sociedade japonesa, a mulher casada é incentivada a
priorizar o papel de mãe e esposa, enquanto o homem
cumpre a função de provedor. Kurumi Sugita (CNRS)
e Hiroatsu Nohara (CNRS) falam sobre essa situação.
Nohara
e Tamiko Tsuru (Universidade Japonesa das Mulheres de Hiroshima)
identificam uma transformação sentida pelos
mais velhos na sociedade japonesa e comentam a nova situação,
de desemprego, em relação aos jovens.
Atuação
do poder público
Paula Montagner, (Ministério do Trabalho e do Emprego
- Brasil), apresentou a proposta do Sistema Público
de Emprego, Trabalho e Renda. Abraão Lênin, mediador
da mesa, questionou a iniciativa. Além disso, Yolande
Benarrosh, do Centre d'Études de l'Emploi – que
não pôde comparecer, mas encaminhou sua exposição
em vídeo – discute a atuação das
agência nacional de emprego da França, que seleciona
os demandantes a serem recolocados no mercado de trabalho
com base tanto em critérios subjetivos, quanto objetivos.
Nadya
Araújo Guimarães também avalia a atuação
das agências de emprego – públicas e privadas
– em São Paulo.