Trabalho e Desemprego |
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Contrariamente aos paulistanos, onde predomina o desemprego recorrente, nas duas outras metrópoles predominava seja a experiência do emprego duradouro e protegido, seja a do desemprego, crescente mas igualmente duradouro. Isso porque nelas o desempregado é protegido por políticas públicas cuja cobertura e eficácia se mostravam bem maiores do que no Brasil. “Ou seja, se o gérmen da instabilidade se inocula de maneira generalizada nos mercados de trabalho no novo contexto das economias globalizadas, competitivas e flexíveis, os seus efeitos sobre as trajetórias dos trabalhadores são distintos e dependem da forma como se constroem as instituições de proteção social ao trabalho e ao desemprego”, explica Nadya.
“Mais uma luz amarela se acende para os nossos gestores, tendo em vista o enorme esforço desenvolvido desde meados dos 90 no sentido de montarmos no Brasil um sistema público de intermediação de empregos, já que esse sistema não está sendo utilizado pela população da cidade”, diz Nadya. Metodologia A história profissional dos paulistanos no período do pós-Real, entre 1994, e 2001, foi inicialmente reconstituída por meio de questionários suplementares à Pesquisa de Emprego e Desemprego; esses questionários foram aplicados, entre abril e dezembro de 2001, a uma amostra de cerca de 50 mil pessoas, representativa da população ativa da Região Metropolitana de São Paulo. Posteriormente, um sub-conjunto desses indivíduos foi acompanhado durante dois anos por meio de entrevistas biográficas que focalizaram as suas trajetórias e percepções sobre o trabalho e o desemprego. |
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